No dia em que Portugal celebrou mais um aniversário da revolução dos cravos, o Titanic Sur Mer no Caís do Sodré recebeu os Moon Preachers e os The Parkinsons, como tal a Untitled Vinyl não quis perder a oportunidade de cobrir uma celebração desta magnitude.




A abrir a noite tivemos os Moon Preachers, banda composta por dois membros, um vocalista/guitarrista e um baterista nomeadamente. 




Com o seu som psicadélico, os Moon Preachers deram um espetáculo eletrizante que marcou pelo elevado grau de energia e dinamismo. Inseridos dentro do género savage garage psychadelic punk rock, este dueto estremeceu o Titanic. Sem sombra de dúvida que os Moon Preachers cumpriram a sua missão de preparar e aquecer o público para o que estava para vir, recorrendo frequentemente a solos frenéticos e batidas intensas/poderosas. 


O concerto foi essencialmente marcado pela espontaneidade dos dois membros, terminando com o vocalista/guitarrista a “espancar” violentamente a bateria, já com a guitarra atirada ao chão criando riffs com as baquetas do colega.




Os The Parkinsons, banda de culto de Punk Rock português, composta por 5 elementos, deram mais uma vez um espetáculo entusiasmante e caótico. A atuação da banda foi certamente um turbilhão de surpresas inesperadas, caracterizada essencialmente pela inquietação do vocalista. 



Apesar deste ser um concerto dedicado à apresentação do novo álbum “The Shape Of Nothing To Come”, o público foi presenteado com um show intenso e fervoroso, no qual não falhou uma viagem ao passado, a qual incluiu os clássicos mais antigos da banda. Posto isto, ninguém estaria à espera do que foi sucedendo, desde de acrobacias estonteantes, muitos stage dives, uma frenética ocupação do palco por parte do público, até destruição de candeeiros e participação de convidados de última hora.




Outra parte marcante do concerto sucedeu-se quando o vocalista, Afonso Pinto, decidiu envolver a sua cabeça com fita adesiva preta, inicialmente o pseudo “capacete” parecia ter tudo para correr bem, no entanto acabou por dar problemas, uma vez que este começara a sufocar o mesmo. Durante esta aflição um fã começou por puxar suavemente os calções de Afonso, deixando seu rabo à mostra, porém, o fã não se contentou com as nádegas deste e decidiu puxar o resto acabando por exibir tudo o que havia para mostrar… 




Mas sem quaisquer alarmos por parte do vocalista, um outro fã com uma navalha de bolso foi ao seu encontro soltando-o do seu acessório demoníaco. Um momento insólito típico dentro dentro da energia de um concerto dos Parkinsons. 



Neste concerto, nem a bola de cristal do Titanic escapou, tendo sido vítima da euforia do vocalista inúmeras vezes que este baloiçou e lhe atirou o microfone.


Os estilhaços e a loucura dominaram o Titanic por uma noite, e os Parkinsons continuam assim a prova viva de que o Punk em Portugal não só não morreu como aparenta ainda ter muito para dar.


Texto : Marta San
Fotografia : Nuno Conceição | Podes ver mais do seu trabalho AQUI